Nesse encontro, o presidente do Clube Atlético Paranaense, Mário Celso Petraglia, também presidente da CAP/SA, gestora das obras do estádio Joaquim Américo, prestou esclarecimentos aos parlamentares sobre as intervenções promovidas na Arena do clube. Petraglia afirmou que não há benefício próprio nem familiar na compra das cadeiras que serão instaladas na arquibancada. Uma vez que a empresa contratada para a venda é do filho de Petraglia.
Ele disse que foi enviado convite a 13 empresas do ramo, mas apenas oito participaram do processo de escolha. “Não houve privilégio e nem favorecimento, assim como não haverá. Meu filho não precisa de benesses do seu pai, nem do Atlético. Fizemos um test drive nas cadeiras. E são as melhores. Nem sempre a mais barata é a melhor opção. Um dos critérios era técnica/preço”, afirmou.
O deputado Gilberto Ribeiro o questionou referente a afirmativa que o advogado Cid Campelo, (se diz rubro-negro de coração), afirma que a empresa Kango (responsável pelo fornecimento) havia feito um valor menor para um estádio em Brasília e mais caro para o Atlético. Segundo Petraglia, não havia como comparar, poi se tratava de produtos diferentes. “Não se pode comparar cadeiras standard com tipo luxo. O que meu filho ofereceu em Brasília é o tipo standard. Mas nós queremos o tipo luxo, porque faremos uma arena muiltiuso, não apenas para futebol. Optamos por isso. O preço comparado é de alhos com bugalhos. A nossa avaliação é técnica e preço. Nem sempre o mais barato na aparência é o mais barato mesmo”. E quanto Cid Campelo ser rubro-negro, Petráglia disse: “Nunca foi atleticano”.
O presidente do CAP afirmou que, no entendimento do clube, não existe dinheiro público envolvido nesta transação. “O Atlético não entende que seja dinheiro público. A prefeitura e o governo estão transferindo benefícios para o evento, portanto nos sentimos credores”. Ainda segundo Petraglia, o CAP empenhou como garantia para a realização da obra o seu Centro de Treinamentos do Caju, e que havendo qualquer diferença nos valores do empreendimento o clube assumirá. “O valor das obras foram divididos em três e cumpriu com a sua parte. O momento é de também cobrar o compromisso das outras partes”, informou.
O balanço feito pelo Dep. Gilberto Ribeiro a transparência no que diz respeito ao cumprimento da parte do Atlético na parte que lhe cabe a um terço do valor. Mario Celso Petraglia, deixou claro que se o valor foi excessivo, vai arcar com as diferenças. A questão “cadeiras” está bem clara, pois se trata de produtos distintos. O momento é de cobrar as outras partes o cumprimento do pagamento de valores, pois há a possibilidade das obras ficarem paradas.
Os parlamentares membros da CPI, assim como o Deputado Gilberto Ribeiro aprovaram, para a próxima terça-feira, dia 27, a vinda do presidente da Comissão da Copa do Mundo designada pelo Tribunal de Contas do Estado.